Afrika Gumbe

Na década de 80 jovens estudantes africanos, em sua maioria da Guine Bissau encontravam- se na Lapa, no segundo andar do restaurante D’Africa, a rua Cavalcante para tocar e matar as saudades da terrinha. Ali que Marcelo Lobato, a convite de um panamenho Cheo, se juntou a banda e a coisa foi tomando figura. O interesse crescente pela música tradicional e moderna africana passou a não se restringir apenas aos países de colonização portuguesa. Nessa altura Marcos Lobato e Pedro Leão já haviam ingressado na banda e os africanos seguiram seus caminhos e estudos. Dai surgiu o Afrika Gumbe. N’Gumbe, ritmo e dança da Guine Bissau. Aconselhados por Adu Obalogun ( Seu Humberto ), percussionista e pesquisador da cultura africana, os irmãos Lobato tiveram aulas de iorubá com o nigeriano Edward Eyitenne, arquiteto estagiário do escritório Conde. Pagaram as aulas com o dinheiro da venda de uma Caravan 76 azul piscina. O saudoso Antonio Duncan, da Gravadora Eldorado se interessou pelo trabalho e eles lançaram seu primeiro disco em 89. Em 91 saiu em cd. Fizeram vários shows pelo circuito carioca. O trabalho seguiu até 92 quando Marcelo Lobato fundou o Rappa e cada um seguiu seu curso. Ainda assim, a banda continuou compondo e registrando ideias, acumulando material suficiente para dois álbuns de músicas inéditas. O primeiro disco: ” Meu Refrão Inquieto ”, lançado em 2011, tem 12 músicas em português. Sinais do Vento, que fecha o disco, é uma canção brilhante de Pedro Leão em meio a parcerias dos irmãos Lobato. Trata-se de um trabalho denso de polirritmias, brasileiro, progressivo, misterioso, tecnológico. Uma Africa sem folclorismo. Contatos: (21) 99692 - 8517 afrika@afrikagumbe.com contato@afrikagumbe.com www.afrikagumbe.com